domingo, 4 de novembro de 2012

Sejam bem vindos !


Um grupo de  poetas resolveu se reunir para trocar textos e experiências. Nesta viagem encontraremos personagens, espaços e histórias incríveis. Suspense, drama, romance e é claro, muita tragédia. 
Todos os comentários e sugestões são muito importantes.
Convidamos a todos para embarcar nessa viagem conosco!







Entre Letras e Retalhos

Por. Willy Gonçalves



Somos todos escravos de nossos pensamentos, possuímos um passado que moldou o que somos e estamos acorrentados a ele. Independente de serem bons ou ruins, são retalhos, pedaços de uma lista de regras absorvidas enquanto criança, onde na memória, veículo de transporte do passado para o presente, ficam registrados, nos obrigando a seguir carregados de automatismo. Precisamos quebrar esses padrões para que haja uma expansão do mudo das idéias. Pensamentos interligados, pensamentos de liberdade mental.

Por que no Entre Letras?

A pergunta correta seria: Por que não aqui? É o lugar ideal para revolucionarmos, reciclarmos e repensarmos sobre tudo que nos é imposto. Possuímos hoje recursos que nos permitem construir, transmitir e debater idéias sem ao menos ter a necessidade de sair de casa, então por que não começar a fazer aqui, dentro da Letras onde os pensamentos se assemelham?

Ontem sentei e refleti sobre pessoas. Estão todas de olhos fechados. Presas a rotinas desgastantes, acomodadas. Os seres humanos são os animais mais susceptíveis a se acostumar, a deixar tudo do jeito que está. Chegamos a um ponto em que consumismos largos demais, estão sendo empurrados pelas nossas gargantas muito estreitas para que sufoquem a verdadeira liberdade. Trabalhar e consumir é a nova liberdade. Gastar seu tempo com trabalho, faculdade é o que todos querem te ver fazendo. Reparem como isso pode ser ilustrado muito bem por um dito popular muito conhecido. Aliás, sua família já deve tê-lo dito: “Mente vazia, oficina do diabo” que é geralmente utilizada com pessoas que tem muito tempo livre, ou o gasta com coisas diferentes das que a sociedade sugere. Usando um termo, na minha opinião, pejorativo, uma pessoa ociosa. Mas vamos voltar no tempo um pouco, Se não fosse esse ócio, esse espaço mental para desenvolver o pensamento por conta própria, o que seria de Sócrates? O que teria acontecido com Machado de Assis se deixasse de escrever o que sua criatividade ilimitada produzia para seguir os limitados estudos acadêmicos? Acho que podemos concluir que para eles a oficina do tinhoso funciona muito bem, uma vez que no passado seres repletos de genialidade saltavam de lá aos montes. Claro que não estou dizendo para largarmos nosso trabalho e/ou faculdade, sentarmos e só pensarmos. O que quero realmente é propor um compromisso com esse projeto para tomar como prioridade o pensamento livre principalmente para nós, adoradores da escrita, com o objetivo de mudar nossa maneira de pensar. Atingir em princípio a Letras, para que cada dia mais de nós participem, para que todos transcrevam suas idéias e emoções sem o peso das correntes, e que façamos dessas transcrições um motivo para deixarmos de ser apenas retalhos.